História da Educação à Distância

26/09/2011 17:33

            Alguns autores consideram que a EaD tem a idade da escrita, visto que esta possibilitou existir comunicação sem que locutor e receptor estivessem presentes ao mesmo tempo no mesmo espaço. Outros afirmam que somente a invenção da imprensa fez surgir essa modalidade de Educação. Para Mattar (2001), a EaD é algo mais recente e pode ser dividida em três gerações: cursos por correspondência, novas mídias e universidades abertas e EaD on-line.

            Há registros de cursos por correspondência desde 1720, porém eles se desenvolvem efetivamente em meados de século XIX com o desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação. Os tipos mais desenvolvidos são os cursos de extensão universitária, realizados predominantemente por meio de materiais impressos.
            A segunda geração passa a utilizar televisão, rádio, fitas de áudio e vídeo e telefone. Importante nessa geração foi a criação de universidades abertas e, depois, de megauniversidades abertas à distância, a partir de 1969.
            Já por volta de 1995, com o crescimento do acesso à internet, surgiram muitas instituições de ensino à distância, introduzindo a utilização do videotexto, do computador, da tecnologia em multimídia, do hipertexto e de redes de computadores.  Há desde disciplinas isoladas até cursos completos de graduação e pós-graduação.
            Nas décadas de 60 e 70, a EaD possuía características do fordismo: ensino mecanizado, padronizado, normatizado, formalizado, objetivado, otimizado, racionalizado com seus docentes e discentes alienados. A necessidade dos empresários era o lucro, não havia preocupação com a educação. O neofordismo contou com alta inovação e variabilidade nos processos, mas também com pouca responsabilidade dos empregados. Já o pós-fordismo adicionou ao anterior um alto nível de responsabilidade no trabalho. Nesse modelo são desenvolvidos cursos variáveis e de curta duração por grupos de trabalho em áreas especializadas com responsabilidade própria. (PETERS, 2001).
Enquanto o fordismo está associado à uma fábrica em virtude de seu sistema formalizado, monitorado, mantido e controlado; o neo e o pós-fordismo estão associados à uma administração descentralizada, democrática e participativa. Justamente pelas mudanças de mercado e de receptores considerados uniformes é que o modelo fordista deixou de ser eficiente.
É possível apontar hoje como ferramentas de uso relevante para a EaD: as redes ou sítios de relacionamento, tais como o Facebook, o Youtube, Skype, para compartilhamento de opiniões, de vídeos, de auxílio da internet para aprendizagem. É possível, ainda, organizar Ambientes Pessoais de Aprendizagem (PLEs), nos quais o aluno elege ferramentas, conteúdos e plataformas que se adéqüem a seu estilo de aprendizagem preponderante. Mundos virtuais 3D, jogos, Móbile learning, Realidade Aumentada e Cruzada, Recursos Educacionais abertos também são recursos que vem se expandindo infinitamente e apontam para novas dimensões da EaD.
 
MATTAR, João. História Da Educação a Distância. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2011.